Desaprendi(-me)

Sabes, desaprendi a escrever. É verdade. Desaprendi tantas coisas sobre mim que já nem sei o que tinha aprendido realmente. Desaprendi-me(!) para ser mais precisa.

Desaprendi-me de quem sou, e agora, oh agora... Agora estou a aprender-me novamente e vou descobrindo que o tempo passou e que já não posso ser o que era naqueles anos, descobri que o tempo trouxe a idade, que a idade trouxe a responsabilidade, que a responsabilidade trouxe a incerteza, que a incerteza trouxe o medo, que o medo levou de mim a inocência.